Há comprovações de que o porco já era consumido pelos humanos em 18.000 a.C e domesticado em 10.000 a.C.
Desde então, esse animal foi eleito como um dos principais alimentos, principalmente entre os babilônios, assírios e macedônios. Já na Grécia, ele era oferecido em sacrifício às deusas Ceres e Cibele. Na ilha de Creta era considerado sagrado por ser o principal alimento de Júpiter que, segundo a mitologia, teria sido amamentado por uma porca. Em Roma, o suíno era símbolo dos banquetes e, segundo Catão, a prosperidade de uma casa era medida pela quantidade de toucinho armazenada.
Mais ao norte, o povo germânico também foi grande consumidor dessa carne, ao ponto de Carlos Magno decretar uma lei de severa punição aos ladrões de porcos. A carne suína foi a base alimentar principalmente dos guerreiros da Idade Média. Os Cruzados e os Cavaleiros Templários a levavam para poderem ter uma fonte de proteína preciosa. Mas, em seu percurso alimentar, alguns casos de proibição desse alimento se fizeram presentes como o de Moisés. Ele vetou o consumo para o povo hebreu, e no Alcorão.
Chegada no Brasil
A esquadra de Martim Afonso de Souza, em 1532, trouxe para o Brasil os primeiros porcos, desembarcados em São Vicente e mais tarde na Bahia. As primeiras raças foram alentejana, transtagana, galega, bizarra e beiroa. Depois chegaram porcos da Espanha, dos Estados Unidos, da Itália, da Inglaterra e da Holanda. A miscigenação foi feita de forma desordenada, resultando em uma preocupação de melhorar geneticamente os animais. Mas foi com os alemães, os italianos e os poloneses que a simples criação de porcos tomou forma comercial.
Um exemplo disso foi a riqueza adquirida por Francisco Matarazzo, que comercializava banha de porco para todo o país, um ingrediente fundamental para a culinária da época. O costume de usar carne de porco na culinária do Brasil vem desde o século XVI. E foi bem mais difundido em Minas Gerais, no Ciclo do Ouro. De fácil manejo e criação rústica, o suíno era um produto prático e de custo baixo.
Em Bragança Paulista, a suinocultura teve seu início com a influência principal dos italianos que por aqui chegaram. Eles impulsionaram a fabricação de embutidos, como a linguiça e o salame. A cidade ainda é conhecida pelo grande número de suinocultores. Apesar da crise de 2012, os produtores seguem firme na tradição de suas famílias, fornecendo carne suína de primeira à população.
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