Construção do Theatro Carlos Gomes
“Alguns cavalheiros desta cidade, tendo à frente os beneméritos cidadãos Felippe Rodrigues de Siqueira e Izidro Gomes Teixeira, resolveram, ha trinta e poucos annos, construir um theatro capaz de rivalizar com os melhores do interior do Estado.”
“E para a realização de tão levantada idéa, sem duvida superior ao tempo e ao meio, não se organisou regularmente nenhuma sociedade ou empreza. Aquelles dois cidadãos, fanatizados pelo progresso a que aspiravam e fortalecidos com a confiança publica, de que eram merecedores, não mediram as difficuldades futuras senão pela grandeza do próprio animo.”
“Foi aberta, então, uma subscripção publica para occorrer ás despezas da projectada construcção.”
“Felippe Rodrigues de Siqueira e Izidro Gomes Teixeira não fizeram nenhuma reunião nem lavraram nenhuma acta: mas com auxilio do publico fizeram o ‘Theatro Carlos Gomes’, que foi tambem considerado como uma verdadeira maravilha, e onde a Companhia Lyrica ROTOLI E PERI administrou à gente bragantina o baptismo da civilisação, representando com muito apparato e ruidoso successo as excellentes operas – Guarany e Bohème.”
O Teatro Carlos Gomes foi construído entre 1892 e 1894. Em estilo neoclássico, ficou em funcionamento por dez anos. De grande importäncia pois foi o primeiro do interior do Estado de São Paulo. Abandonado, o prédio foi doado, em 1927, à Diocese de Bragança Paulista. Então tornou-se o Collégio Diocesano São Luiz, que funcionou até 1968. A atual edificação foi tombada em dezembro de 2000. E foi adquirido pelo município em 2005, o qual pretende transformá-lo em Centro Cultural e Biblioteca Municipal.
Fonte: Os trechos entre aspas (“) foram extrahidos das allegações finaes da Câmara Municipal de Bragança numa Acção Executiva que, em 1921, moveu a dita Câmara a Izidro Gomes Teixeira, sua mulher e outros, tendo patrocinado a causa por parte da Auctora – o distincto collega e habil advogado – Dr. Cassio Guilherme.
Parte do texto foi extraído de www.bragancapaulista.sp.gov.br
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