Além das belezas naturais da capital do Pará, Belém possui uma cultura forte e rica, com elementos expostos em sua arquitetura como o Theatro da Paz.
Construído em 1878, esse magnífico prédio traduz toda a importância e riqueza econômica do Ciclo da Borracha que a Região Norte do país viveu em fins do século XIX e início do século XX. O nome dado ao teatro refere-se ao fim da Guerra do Paraguai.
Foi projetado por José Tibúrcio Pereira Magalhães, engenheiro de Pernambuco, que teve como inspiração o Teatro Scalla de Milão. A construção ficou sob a gestão de Antônio Augusto Calandrini de Chermont. Apesar de muitas mudanças no projeto e dúvidas em relação às denúncias de mau uso do dinheiro, a obra conseguiu seu intento que era elevar a capital paraense à categoria internacional.
Na inauguração foi apresentado o drama “As duas órfãos” de Adolphe d’Ennery. Em 1904, sua fachada foi alterada com a retirada da coluna 7 do pátio frontal e recuo da fachada ornada com bustos que representam a Poesia, a Dança, a Tragédia e a Música e, no centro, o brasão de armas do estado do Pará.
Detalhes
De arquitetura neoclássica, com interior em forma de ferradura, encontramos os escritores José de Alencar e Gonçalves Dias e os maestros Henrique Gurjão e Carlos Gomes em bustos de mármore de Carrara. O painel, confeccionado pelo decorador italiano Domenico de Angelis, apresenta os deuses da mitologia grega Diana e Apolo, em meio à selva amazônica. Na década de 1960 o teto foi restaurado pelo artista plástico italiano, Armando Baloni. O piso do hall é composto por pedras portuguesas coladas com o grude de gurijuba.
A “cola” que vale ouro
Gurijuba é um peixe cujas vísceras (bexiga natatória), após secas ao sol, servem como matéria prima para cosméticos e suturas cirúrgicas. Esse grude possui muito valor e muito procurado pela China, Japão, Estados Unidos e países europeus.
Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz – OSTP
Criada em 1996 pela Secretaria de Cultura, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, além de ter gravado o CD Arthur Moreira Lima interpreta Waldemar Henriqu, e outro com os melhores momentos da orquestra, já executou, entre outros, títulos como:
- A Viúva Alegre, de Lehár;
- O Barbeiro de Sevilha, de Rossini;
- Madama Butterfly, de Puccini;
- II Guarany, de Carlos Gomes;
- La Traviata, de Verdi;
- A Flauta Mágica, de Mozart;
- Romeu e Julieta, de Gounod.
Onde: Rua da Paz, s/n° – (91) 4009-8730 – Centro – Belém.
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