Fundado em 1066, o Palácio Real e Fortaleza de Sua Majestade da Torre de Londres é o símbolo do poder real que impera o Reino Unido até os dias de hoje. Escrever sobre a Torre de Londres é como escrever sobre a própria história da Inglaterra. Ela é um Patrimônio da Humanidade e hoje pertence ao Historic Royal Palaces.
A mando do rei Guilherme I, o Conquistador, a construção da Torre de Londres foi uma estratégia de poder aos que transitavam pelo rio Tâmisa, uma rota comercial importante. Assim, a fortificação foi erguida de forma a intimidar os possíveis inimigos de qualquer invasão. Suas edificações foram ampliadas e modificadas por vários monarcas.
A Torre de Londres forma um grande complexo com três alas: Central, Interior e Exterior. Esse complexo é formado torres, como a Branca (erguida em 1100), um castelo e vários anexos. Seus muros possuem quatro metros de espessura, sua área total é de setenta e três mil metros quadrados. No século XIII, foram construídas mais 21 torres e, o fosso ampliado, passou a receber as águas do rio Tâmisa. Em meio à evolução da capital londrina e seus arranha céus, ainda é possível sentirmos a magnitude dessa construção. Com a grande quantidade de anexos criados ao longo dos séculos e tanta história armazenada entre seus muros, a Torre de Londres guarda segredos e a cada dia, uma nova descoberta de enorme relevância acontece.
A Torre Branca, centro do complexo, era residência real, ou seja, quando o rei estivesse na região, era ali que iria ficar. Não só o rei, mas membros de sua corte. Então, as acomodações internas eram ricamente ornamentadas. Foi uma das fortificações mais completas da Europa medieval.
Erguida em 1519, a mando de Henrique XVIII, em estilo Tudor, essa capela abriga o túmulo das rainhas Ana Bolena, Catarina Howard e Lady Jane Grey, Thomas More e John Fisher (canonizados). E a lista ilustre continua com Eduardo Seymour (duque de Somerset), Jaime Scott (duque de Monmouth), John Dudley (duque de Northumberland), John Fisher, Gerald Fitzgerald, Thomas Cromwell, entre outros.
Os prisioneiros faziam refeições fartas e regadas a bom vinho. Podiam receber visitas de familiares e “aliados”. Tudo providenciado pelo Tenente da Torre. Muitos livros eram lidos e, muitas cartas escritas. Segundo os historiadores, foram 112 pessoas executadas no Morro da Torre e sete dentro dos muros da Torre. O primeiro ilustre de que se tem registro a ser preso foi o bispo de Durham, Ranulfo Flambar, em 1100, que por ironia, conseguiu escapar. A primeira mulher a ser presa foi, em 1321, Margarida de Clare, depois que proibiu a entrada da rainha Isabel da França, no Castelo de Leeds, afugentando-a por meio de um pelotão de arqueiros, que acabou mantando um membro da comitiva real.
Há casos bem emblemáticos que ficaram marcados como o caso dos Príncipes da Torre que foram encarcerados. Os irmãos Eduardo V da Inglaterra e Ricardo de Shrewsbury, duque de Iorque foram encarcerados, em 1483, pelo tio, Ricardo III. Depois da prisão, nunca mais se soube deles, nem como morreram.
Essa construção iniciou-se em 1845, e servia para cerca de mil homens. Hoje, é sede do Regimento Real de Fuzileiros. Aqui, estiveram presos espiões da Primeira Guerra Mundial, os quais foram fuzilados e, durante a Segunda Guerra Mundial, aconteceu a última execução, a do espião alemão Josef Jakobs, em 1941.
Com certeza, o ponto mais alto da Torre de Londres, é a exposição das Joias da Coroa Britânica. São 23 mil peças com valor estimado em cerca de 23 bilhões de dólares. A peça mais valiosa é a Coroa do Estado Imperial feita para a coroação da rainha Isabel II. A coroa possui nada mais, nada menos, que três mil pedras preciosas.
Atualmente, a Torre de Londres é uma Comunidade Autônoma. Ao todo, trinta e sete Yeomen e suas famílias moram aqui. Como pudemos observar, a torre de Londres teve e tem variadas funções ao longo dos séculos. De um fortim de madeira a um grande complexo fortificado, hoje, seu maior interesse está no turismo. Entretanto, a torre já servia como atrativo turístico desde o reinado da rainha Isabel I. Os reis, ao deixarem o público entrar, estavam cientes da força que isso lhes dava. Todo o poder e glamour foram armas fundamentais para a consolidação do Império Britânico. E livros e textos foram pulicados em várias línguas contando as histórias da Torre. Descrições das instalações correram todos os continentes e reinos.
De lá para cá, a única coisa que mudou foi a quantidade de visitantes. E, a entrarmos na Torre de Londres, nos maravilhamos pelas edificações, pelos objetos e fatos históricos e, principalmente pela perpetuação dos ritos e da valorização do poder real. É incrível como os britânicos foram capazes, após tantas modificações sociais, manter rigorosamente toda a magia da realeza. A visitação a Torres de Londres é uma das experiências mais vívidas da história ocidental, é uma volta, sem retorno, aos tempos épicos. Sem retorno, porque quando saímos de lá, nunca saímos da mesma forma que entramos. Saímos repletos de conhecimento e reflexões.
Onde: St Katharine’s & Wapping – Londres.
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