Três novas exposições são inauguradas no Inhotim em outubro

A partir de 19 de outubro, sábado, o Instituto Inhotim recebe três novas exposições que destacam o trabalho das artistas Pipilotti Rist, com a exibição da instalação imersiva Homo sapiens sapiens (2005), a obra comissionada Apenas depois da chuva (2024), de Rebeca Carapiá, e a individual Tangolomango (2024), de Rivane Neuenschwander. Cada uma das mostras oferece uma visão única sobre relações entre arte, natureza, corpo e política, a partir de repertórios distintos da arte contemporânea, eixos basilares do programa artístico do Inhotim, que tem a criação como foco de sua atuação. Por meio de exposições e projetos de longa duração, o acervo artístico do Inhotim ganha ênfase, ao passo em que novos nomes são integrados, com comissionamentos e mostras inéditas. “Inhotim é um museu que rearticula e atualiza constantemente seu acervo de arte, por meio da criação, junto a artistas, de experiências imersivas, que singularizam cada visita”, diz Júlia Rebouças, diretora artística do Inhotim.

Imagem da obra Eu sou uma arara (2022), de Rivane Neunschwander e Mariana Lacerda.

Na sequência da inauguração dos projetos, programas públicos desenvolvidos pela colaboração das curadorias de Arte, Educação e Natureza ativam as exposições e obras no curso de sua exibição. “Nesta segunda inauguração de 2024, convocamos três artistas de inconteste contribuição para a produção contemporânea e forte conexão com o projeto curatorial do Inhotim. A começar pela obra de Pipilotti Rist, que foi filmada no Inhotim há 20 anos, mas somente agora será apresentada no museu. Rivane Neuenschwander também é uma artista que perpassa o acervo, com uma obra em permanente exibição, cuja presença é amplificada por uma mostra individual inédita. Rebeca Carapiá, por sua vez, participou de exposições coletivas ao longo de 2023, mas neste momento apresenta uma obra desenvolvida no museu, em colaboração com suas equipes”, complementa Júlia Rebouças.

A artista suíça Pipilotti Rist, uma das principais referências do vídeo no mundo, ocupa a Galeria Fonte do Inhotim com a obra imersiva Homo sapiens sapiens (2005). Reconhecida por suas instalações com vídeos e filmes que transformam espaços expositivos em experiências sensoriais e poéticas, a artista oferece ao público uma nova perspectiva sobre a interseção entre gêneros, o corpo humano, a natureza e o cosmos. Homo sapiens sapiens, filmada nos jardins do Inhotim, foi originalmente apresentada na Bienal de Veneza de 2005 e é exibida agora no museu, adaptada para as características únicas da Galeria Fonte. Nesta montagem, as imagens do vídeo tomam o teto da galeria e os visitantes percorrem espaços sinuosos de cor e texturas, podendo se acomodar em camas, pufes e tapetes para assistir e participar da obra. Nos trabalhos de Rist, para além da força das imagens e dos ambientes, a música é um elemento essencial. Nesta obra, a composição homônima Homo sapiens sapiens é assinada por Pipilotti Rist e Anders Guggisberg. Com curadoria de Douglas de Freitas, curador coordenador do Inhotim, e Lucas Menezes, curador assistente, a montagem dessa obra de Pipilotti Rist proporciona uma experiência que questiona e celebra a conexão entre o indivíduo e o universo, refletindo sobre temas como fantasia, sonho, humor e desejo.

Esta instalação de Homo sapiens sapiens no Inhotim conta com a Vale como mantenedora master, com o patrocínio ouro do Supernosso, patrocínio prata da C6Bank, e apoio da Pro Helvetia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Uma realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

Na Galeria Mata, Rivane Neuenschwander mostra porque é uma das vozes mais importantes da arte contemporânea brasileira, ao apresentar a individual Tangolomango (2024). Com trabalhos em diversas linguagens, como pintura, fotografia, instalação e vídeo, a exposição reúne obras de diferentes décadas, que se atualizam nas pesquisas mais recentes da artista, ao lidar com questões relativas à infância, história, ecologia e política. A partir de uma abordagem sempre interseccionada, tais temas são discutidos em obras que evocam imagens e imaginários, numa apresentação tão forte quanto poética. Na panorâmica Tangolomango, que tem curadoria da diretora artística do Inhotim, Júlia Rebouças, e dos curadores coordenadores Beatriz Lemos e Douglas de Freitas,são apresentadas obras de vários momentos de sua produção, tais como: V.G.T. (Ame-o ou deixe-o) (2023), J.B. (Piracema: uma transa pós- amazônica) (2023), Trôpego Trópico (2022), Eu sou uma arara (2022), O Alienista (2019), Alegoria do Medo (2018), Caça ao fantasma (2018), (WAR) (2017), Cabra-cega (2016), Zé Carioca e seus amigos (2005) e Andando em Círculos (2000).

No acervo do Inhotim, Rivane Neuenschwander apresenta desde 2009 Continente/Nuvem (2008), instalada numa casa que preserva parte importante da história do Inhotim em seu território. Datada de 1874, ela é uma das construções mais antigas da região, remanescente da fazenda que existia no terreno onde hoje funciona o museu.

Tangolomango conta com a Vale como mantenedora master e com o patrocínio ouro da CBMM, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Uma realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

Comissionada pelo Inhotim, Apenas depois da chuva (2024), de Rebeca Carapiá, é uma instalação escultórica composta de 20 peças, com cerca de cinco metros cada, exibida no lago próximo à Galeria Mata e à Galeria True Rouge, de Tunga, paisagem de destaque do museu e jardim botânico. Nascida em Salvador (BA), a artista é reconhecida por suas esculturas em ferro e cobre que revelam uma linguagem única e poética. A nova obra no Inhotim, fruto de uma imersão na Serra da Capivara, no Piauí, reflete sobre a relação entre a água e o território, explorando a abstrata “escrita” encontrada nos seus desenhos e esculturas. Durante os dias da viagem de pesquisa, Carapiá desenvolveu desenhos que compõem Apenas depois da chuva. A instalação, com curadoria de Beatriz Lemos, curadora coordenadora, e Deri Andrade, curador assistente, fica em exibição por tempo indeterminado e é uma continuação da pesquisa de Rebeca Carapiá sobre a interação entre elementos naturais e escultóricos, formas e paisagens. Nesta obra, a artista parte para trabalhar com uma nova escala, mais monumental, a partir de um processo de experimentação que foi viabilizado por sua parceria técnica com as equipes de produção, ateliê e serralheira do Inhotim. De forma inédita no processo artístico de Carapiá, as 20 peças foram confeccionadas em colaboração entre ela e a equipe de Gabriel Silva Santiago, que coordenou a serralharia da instituição.

Apenas depois da chuva conta com a Vale como mantenedora master por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Uma realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

SOBRE AS ARTISTAS  

Pipilotti Rist (Grabs, Suíça, 1962)é uma artista suíça reconhecida internacionalmente por suas videoinstalações imersivas e experimentais. Atuante desde a década de 1980, Rist é uma referência para as discussões sobre gênero e feminismo. Seu trabalho muitas vezes transforma a arquitetura e o ambiente de galerias, comumente associados a um “cubo branco”, em experiências sensoriais: táteis, visuais e auditivas. Suas instalações e conceitos expositivos são expansivos, encontrando na mente, nos sentidos e no corpo a possibilidade de infinitas descobertas e invenções poéticas. Homo sapiens sapiens (2005), filmada nos jardins do Inhotim, foi apresentada pela primeira vez na Bienal de Veneza de 2005, quando Rist foi representante oficial da Suíça.

Rebeca Carapiá (Salvador, BA, 1988) é artista e pesquisadora interessada pelas relações produzidas entre a linguagem, o encontro, o conflito, a geografia e suas narrativas. Em sua prática, cria e organiza um conjunto de reflexões em diferentes plataformas de exibição, formação e experimentação artística. Por meio de esculturas, cobre sobre tela, desenhos, instalações, gravuras, textos e objetos, sua pesquisa busca criar uma cosmologia em torno das materialidades e da pesquisa, além de ampliar um debate geopolítico que envolve memória, racismo ambiental, economias da precariedade, tecnologias ancestrais, dissidências sexuais e de gênero e as relações de poder entre o discurso e a palavra. 

Rivane Neuenschwander (Belo Horizonte, MG, 1967), desde os anos 1990, elege como material de sua produção elementos das trocas sociais, das lembranças ou do consumo. Em suas instalações, Neuenschwander traduz o caráter intercomunicante dos sistemas vivos. Em desenhos, pinturas, tapeçarias e vídeos, a artista opera o cruzamento de seu repertório plástico com a ciência, a história e a psicanálise, a linguística e a literatura, de modo a articular assuntos prementes da política contemporânea. Acoplando a ação e a presença de corpos humanos e inumanos que participam da elaboração formal a substratos conceituais, a obra de Rivane inclui os grupos que levaram à forma que os trabalhos adquirem. O outro é sempre pressuposto na estrutura e na execução dos trabalhos, e o cuidado com a forma implica sempre o cuidado com o público.
 

CURADORIA DE ARTE DO INSTITUTO INHOTIM 

Júlia Rebouças, diretora artística
Beatriz Lemos, curadora coordenadora
Douglas de Freitas, curador coordenador
Marilia Loureiro, curadora
Deri Andrade, curador assistente
Lucas Menezes, curador assistente
Varusa, assistente curatorial
 

SERVIÇO 


A partir de 19 de outubro de 2024, sábado, no Instituto Inhotim


Homo sapiens sapiens (2005), de Pipilotti Rist
Galeria Fonte 
Em exibição até 2026
Classificação indicativa [12]
20’52”
 

Tangolomango, de Rivane Neuenschwander
Galeria Mata 
Em exibição até 2026


Apenas depois da chuva (2024), de Rebeca Carapiá
Instalação no lago True Rouge 
 

INFORMAÇÕES GERAIS 

HORÁRIOS DE VISITAÇÃO 
De quarta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30. Nos meses de janeiro e julho, o Inhotim abre também às terças-feiras.


ENTRADA  
Inteira: R$ 50,00 | Meia-entrada*: R$ 25,00. *Veja as regras de meia-entrada no site: www.inhotim.org.br/visite/ingressos 
ENTRADA GRATUITA
Inhotim Gratuito: acesse o guia especial sobre a gratuidade no Inhotim. Moradores e moradoras de Brumadinho cadastrados no programa Nosso Inhotim; Amigos do Inhotim e crianças de 0 a 5 anos não pagam entrada.
Quarta Gratuita Inhotim: todas as quartas-feiras são gratuitas.
Domingo Gratuito Inhotim B3: último domingo do mês é gratuito.


LOCALIZAÇÃO  
O Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR-381 – sentido BH/SP. Também é possível chegar ao Inhotim pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH/Rio, na entrada para o Retiro do Chalé.


INHOTIM LOJA DESIGN  
A loja do Inhotim, localizada na entrada do parque, oferece itens de decoração, utilitários, livros, brinquedos, peças de cerâmica, vasos, plantas e produtos da culinária típica regional. É possível adquirir os produtos também na loja online.


GASTRONOMIA  
O Inhotim oferece aos visitantes diferentes opções para alimentação. No tradicional Restaurante Tamboril, o público encontra um ambiente integrado aos jardins e ao acervo de arte contemporânea, com um cardápio a preço fixo, extensa carta de vinhos, além de uma mesa de sobremesas com doces diversos. Já o Restaurante Oiticica, localizado próximo à obra Invenção da cor, penetrável Magic Square #5, De Luxe (1977), de Hélio Oiticica, traz refeições self-service a quilo, com menu que inclui saladas e opções de caçarolas quentes. O Café das Flores, situado próximo à recepção do Inhotim, oferece em seu cardápio o clássico pão de queijo mineiro, além de opções de lanches, bolos e café. Mais opções de cafés, lanches rápidos, hambúrgueres e sobremesas são servidas nas imediações da Galeria True Rouge pelo OOP Café, na Galeria Miguel Rio Branco pelo Bayo, e na Galeria Galpão com a hamburgueria Hack. Completam as opções de alimentação no Inhotim a Casa de Sucos e a Pizzaria do Teatro.

O Inhotim tem a Vale como mantenedora master; a Cemig como parceira estratégica; Shell, Itaú e B3 como patrocinadores master e conta com o patrocínio ouro do Santander, da Volvo, do Supernosso e da CBMM. Os patrocínios são viabilizados por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.