Nossas raízes – As tribos da Baixada Santista

Tribo do Rio Silveira – Bertioga      foto: Alexandre Andreazzi

Os índios que viviam na época da chegada dos portugueses pertenciam a várias tribos que eram inimigas entre si. Tupiniquins, tupinambás, carijós, entre outros, habitavam o litoral e também parte do planalto paulista. Viviam da caça, da pesca e da agricultura. Não eram hierarquizados; apenas o cacique e o pajé faziam a liderança e a representação espiritual da tribo. Os silvícolas aprenderam a conviver com brancos degredados e náufragos que aos poucos chegavam a suas terras. Algumas tribos tinham costumes antropofágicos que, na realidade, não era sua alimentação natural, mas sim uma espécie de ritual religioso para assimilar dos mais fortes inimigos capturados sua força e coragem.

Onde hoje está localizado o edifício Sobre as Ondas, na divisa das praias de Pitangueiras e Astúrias, no Guarujá, havia um desses locais de rituais. A base da alimentação cotidiana dos índios era composta de pequenos mamíferos e aves da Mata Atlântica, mais a mandioca, ervas, frutas, pescados e crustáceos.

Suas armas eram o arco, a flecha e setas. Seus pertences eram feitos de palha de palmeira, arbustos e barro, com o qual produziam cerâmica. Atualmente, os índios guaranis nhandevá e m’byá estão espalhados por aldeias na Baixada Santista, em 9.227 hectares de terras indígenas demarcadas.

Aldeia Rio Branco – Itanhaém

Com mais de 100 anos de existência, essa aldeia de origem guarani m’byiá possui 2.856 hectares
de terras demarcadas, na Estrada Rural do Rio Branco, em Itanhaém.

Aldeia Itaóca – Mongaguá

Criada em 1991, a aldeia abriga doze famílias de índios guaranis m’byá e dezesseis de tupi-guaranis
ñandeva. Vivem em 533 hectares de terras indígenas demarcadas.

Guaranis do Aguapeú – Mongaguá

Compondo doze famílias de origem guarani, estes índios são os mais isolados e reservados do litoral. Vivem no morro do Aguapeú desde 1930 e proíbem a miscigenação com outros povos. Suas terras compreendem 4.372 hectares.

Sítios Piaçaguera I, II e III – Peruíbe

Marcos do povoado de Peruíbe, os Sítios Piaçaguera I, II e III estão localizados em terras indígenas tupi-guarani. Aqui foram encontrados cachimbos, panelas, cerâmicas indígenas, conchas, telhas e faianças dos séculos XVI, XVII e XVIII. Atualmente, conta com 30 famílias tupi-guaranis em uma área de mais de 2.500 hectares. Vivem do cultivo de palmito, plantas ornamentais e artesanato. Além destas, em Peruíbe, também temos as aldeias Bananal e Biguá.
Visitas podem ser agendadas na Secretaria de Cultura pelo telefone (13) 3454-1215.
Onde: Rodovia Padre Manuel da Nóbrega.

Terras Indígenas do Rio Silveira – Bertioga

Na divisa de Bertioga com o município de São Sebastião, estão as terras indígenas do Rio Silveira, que hoje abrigam cerca de 500 índios da etnia guarani. A aldeia está localizada na Praia de Boraceia. Cultivam palmito e plantas ornamentais, produzem artesanato e promovem danças, músicas e culinária típica.
Agendamento de visitas: (13) 3317-4889.

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Marcio Alves

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