Trovas premiadas
Com dezesseis livros publicados, membro da Academia Santista de Letras e da Academia Feminina de Letras, a trovadora Carolina Ramos enveredou pela senda das trovas na década de 1960, e desde então se destacou como a primeira mulher a receber o prêmio “Magnífica Trovadora” em Nova Friburgo, no ano de 1973, com o tema “Silêncio”. Ei-lo:
“Sempre acolho de mãos postas
E, humilde, tento aceitar
O silêncio das respostas
Que a vida não sabe dar”
Carolina nos explicou que a trova com regras nasceu na Idade Média, na França, e depois se espalhou pela Europa. No Brasil chegou por intermédio dos franceses, portugueses e espanhóis. Grandes poetas brasileiros passearam pela trova, que foi enriquecida com o contato com os repentistas.
No Rio de Janeiro cria-se o Grêmio Brasileiro dos Trovadores. Aqui a trova tomou um espaço considerável no meio artístico e está acontecendo um movimento inverso, ou seja, nós estamos indo para a Europa levando talentos reconhecidos.
A estrutura da trova é bem interessante, pois, diferentemente da poesia, a trova era relegada a segundo plano. Ela é a síntese absoluta: é um poema com 4 versos de 7 sons silábicos cada um, rimando o 1° com o 3° e o 2° com o 4°, e tem que fazer um sentido completo.
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