As pessoas que fazem romarias e peregrinações e que participam de festas e espetáculos envolvendo a fé estão fazendo turismo religioso. Diferentemente de outras opções turísticas, o turismo religioso é motivado pelo conhecimento histórico e pela devoção.
O primeiro registro de uma peregrinação religiosa vem de Helena, cujo pai era o imperador romano Constantino. Convertida ao cristianismo no ano de 313, Helena fez com que seu filho publicasse o Edito de Milão (Edito da Tolerância), o qual estabelecia liberdade de culto aos cristãos. Em sua ânsia e fervor, Helena percorreu a Palestina em busca das relíquias de Jesus Cristo. Ordenou a construção, em Belém, da Igreja da Natividade e, em Jerusalém, da Igreja do Santo Sepulcro, acreditando que teria achado o local onde Cristo foi sepultado. Faleceu com quase 80 oitenta anos, e seu corpo está no Sarcófago Santa Helena no recinto do Museu Pio-Clementino, no Vaticano.
Na maioria dos países católicos, o turismo religioso tem se mostrado uma vocação em crescimento. No Brasil, várias cidades apresentam essa característica e, em Bragança Paulista, com suas magníficas igrejas, podemos perceber esse potencial. Muitas delas estão em bairros afastados, mas há outras no centro. Devemos lembrar que foi nessa cidade que Madre Paulina morou e trabalhou, deixando como legado a formação de pessoas empenhadas em ajudar os necessitados. A vida de Madre Paulina é inspiradora e desperta fervor entre seus devotos.
O município de Bragança Paulista está inserido no roteiro turístico como Rota Cultural. A CNBB também possui um projeto nacional que contempla as atividades da Pastoral do Turismo Religioso como um trabalho que atenda à comunidade durante os grandes eventos internacionais como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, principalmente nas regiões onde estão as cidades-sedes e subsedes dos jogos.
O Governo do estado de São Paulo também visa promover o turismo religioso em Bragança Paulista. A iniciativa pode resultar em muitos benefícios ao município, como a geração de emprego e renda, além de destacar os valores históricos e culturais de nossa cidade e região e buscar alternativas simples de preservação cultural.
Por José Roberto Vasconcellos
Bragança situa-se entre sete colinas, sombreando os vales e valorizando a expressão “Cidade Poesia”.
Em cada colina ergue-se uma igreja ou uma capela: Nossa Senhora da Esperança (no Parque dos Estados); Santa Rita de Cássia, (na Hípica Jaguary), São Francisco de Assis (na Vila Santa Libânia) e a do Coração Imaculado de Maria (na Vila Maria); Santa Terezinha (no bairro Matadouro), na colina principal, ladeada pela colina da Igreja de N. Sra. Aparecida, (na Vila Aparecida); a de N. Sra. da Conceição (Catedral Diocesana) e a de N. Sra. do Rosário; Santa Luzia (no bairro Santa Luzia) no alto da sexta colina, e por fim a sétima colina, onde fica a Capela de São José, no bairro do Taboão.
Aí está Bragança Paulista, ajoelhada nas sete colinas das nove igrejas que lhe encimam os picos, testemunho de que a cidade nasceu à luz da fé católica de seu povo.
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