Procuramos em diversas fontes o significado mais próximo sobre religião para o que vimos principalmente nas comunidades caiçaras de Ubatuba. A definição mais cabível para o panorama encontrado é essa: “A etimologia tradicional faz derivar a palavra religião do latim: religio, religare [religar, ligar bem], o que nos permite afirmar que a religião é, assim, uma ligação entre os homens. A religião pode, portanto, definir-se como um sistema de crenças [dogmas] e de práticas [ritos] relativos ao sentimento da divindade [ou realidade sagrada] e que une na mesma comunidade moral [Igreja] todos aqueles que a ela aderem.” (www.eurosophia.com).
Conversamos com Frei Luiz Avelar, 45 anos, pároco da região há sete anos. Ele nos explicou a grandiosidade do que representa a religião nas muitas comunidades de Ubatuba. Antes, essas comunidades eram atendidas apenas por três ou quatro padres que se dividiam entre todos os fiéis. Tarefa difícil de ser feita devido às distâncias e acessos complicados, pois a área de abrangência ia de Maranduba até Camburí. Mas nem por isso a fé deixou de mover montanhas. Atualmente, esse território está dividido em cinco paróquias, são elas: Centro, que tem como padroeira a Santa Cruz da Exaltação; Perequê-Açú, como padroeira Nossa Senhora Imaculada Conceição; Ipiranguinha, como padroeira Nossa Senhora de Fátima; Itaguá, como padroeira Nossa Senhora das Dores; e Maranduba, como padroeira Nossa Senhora das Graças. Abaixo das paróquias, vem as comunidades: Matriz, São Francisco, São Benedicto, Santo Expedito e Santa Clara.
Também não podemos esquecer as devoções particulares, como São Pedro que é o padroeiro dos pescadores. Ou seja, Ubatuba é o “resumo” do catolicismo. Logicamente toda essa devoção vem da colonização portuguesa, principalmente difundida pelos jesuítas. Essa religiosidade era fundamental, porque os primeiros colonizadores se viam em terras inóspitas, cercados de um povo totalmente diferente de sua cultura. Primordial também aos pescadores, povo que lida diretamente com o mar, que, segundo eles, a ajuda divina é a única que pode salvá-los de suas intempéries.
E essa demonstração unida em Cristo se dá em várias festas, como a Festa do Divino, muito esperada todos os anos. Há 146 anos ela é feita nos mesmos traços, sempre a partir da segunda semana de julho, que começa pela novena e depois com a procissão que sai da capela de São Francisco e vai até a Matriz; seu ápice é a festa que possui várias brincadeiras e comidas, sendo o prato principal a tainha. Aqui em Ubatuba, a festa é feita fora de época, pois segundo a tradição seria realizada na Pentecostes, porém, para contar com a presença dos pescadores, a data foi transferida para julho.
Uma curiosidade é a devoção a São Benedicto, que por ser um santo tão adorado, acaba participando de todas as festas religiosas.
Outra festa muito representativa é a de São Pedro que, como já dissemos, é o Santo protetor dos pescadores. Essa homenagem é feita em 29 de junho.
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