A Vila Ferraz é um bairro que preserva ainda muitos chalés construídos com pinho jordanense nas décadas de 1920 a 1940. Muitos moradores tem a preocupação de preservá-los, cada um dando seu toque especial.
Aqui, podemos encontrar diversos chalés de madeira de pinho, extraída do próprio local. Foram construídas sobre pilares de alvenaria, pedras ou até de madeira como a aroeira. O piso era mais alto e embaixo, o porão para melhor ventilação e armazenamento de lenha para fogões. As paredes, após a colocação da estrutura de vigas ou caibros são revestidas de pinho com 20 ou 30 cm de largura.
Se, ao término da construção apressem vãos, estes eram fechados com ripas de pinho também, chamadas de “mata-juntas”, porque normalmente esses vãos surgiam perto das juntas de madeiras. Depois de tudo montado, entra o óleo de linhaça, óleo queimado de motor ou mesmo óleo de cozinha para fechar os poros da madeira. As áreas úmidas (banheiro e cozinha) são de alvenaria.
Em 1942, o capitão J. M. Vieira Ferraz acabou vendendo o remanescente; maior parte dos lotes da já tradicional “Vila Ferraz”; a Nicolau Braga e a Francisco Clementino. de Oliveira e sua mulher, Adélia Damas Romão Oliveira. Daí em diante, as casinhas de madeira de pinho foram surgindo aos poucos e ocuparam a grande maioria dos lotes de “Vila Ferraz”. E transformando-a em bairro simples, aconchegante e tranquilo, ótimo para a moradia de grande parte da população jordanense.
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Vila Ferraz, minha vila do coração. Nasci e cresci nessa vila. Minha avó, Dna. Cida "Costureira", ainda reside lá e eu a visito assiduamente. Essa vila foi palco de minha infância, eu brincava pelas ruas, sobretudo pela Rua Benedito Barreto, e pela Pasteur. Lá realmente parece que o tempo parou. Tudo ainda é igual, o armazém do Seu Zé Conde, o "Português", as casas citadas no post, as ruas calmas, as vezes desertas, o morro da Santa Casa, ou morro do asilo, como chamávamos, onde soltávamos pipas e brincávamos na amplitude verdejante, enfim, tudo ainda é o que sempre foi, muito bonito. Infelizmente nossos veteranos residentes da vila têm nos deixado, um a um estão partindo, mas é a vida. ultimamente o comércio tem adentrado a vila cada vez mais, o que me preocupa e ameaça a tranquilidade das ruas, mas enfim, tomara que a vila seja sempre preservada.
Abraço!